É importante que os pais tenham noção das diferentes transformações desenvolvimentais por que o filho está a passar, nomeadamente das suas competências e limitações, assim como das tarefas apropriadas a cada fase, para poderem educar o seu filho com tranquilidade mas também com persistência. Esta tarefa constante e diária exige uma combinação de factores pessoais e relacionais que têm de ser suportados por uma estabilidade emocional razoável tanto da figura materna como paterna.
Por vezes, os pais avaliam-se como pouco capazes de transmitir as suas vontades e regras, reforçando a ideia de que os filhos já nasceram com tendência a ser teimosos, irrequietos ou mal comportados e que não há nada a fazer em relação a isso. Outros, relativizam demasiado certos comportamentos, tendo a ideia de que com a idade tudo irá passar e que o problema se resolverá por si só. Também há aqueles que sentem a educação do filho com ansiedade e que pelo contrário valorizam e analisam excessivamente os comportamentos deste e os seus possíveis significados.
Educar uma criança exige muita disponibilidade, energia e tolerância às frustrações. No entanto, não nos podemos esquecer que os próprios pais, durante esse longo período de educação, estão igualmente a passar por transformações e também têm de responder a desafios pessoais, profissionais, financeiros, de relação com o cônjuge, entre outros.
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A gestão de todos estes processos pode levar à necessidade de procura de aconselhamento de profissionais habilitados a orientar e esclarecer os pais, quanto a possíveis dúvidas ou mesmo dificuldades quanto a diversas questões que surjam na dinâmica familiar e no comportamentos dos filhos. Este aconselhamento pode ser feito somente com os pais ou, dependendo da problemática, também com sessões individuais com os filhos. Pode não ser necessária uma intervenção terapêutica com os filhos, mas a intervenção com os pais é sempre indispensável, pois são estes que vão ter um papel fundamental na alteração ou adaptação de rotinas e estratégias na educação parental.
é-me muito dificil lidar com algumas birras que o meu filho de 4 anos faz, não o sensuro mas fico perturbada, pois o meu filho era uma criança calma e desde que tenho a meu cargo duas pessoas doentes, a minha sogra e a mãe desta, tudo na vida do meu filhote, que eu amo até as estrelas, como eu lhe costumo dizer com muito carinho e amor,parece ter desmoronado e eu tenho muitas dificuldades em lidar com isdto tudo...
ResponderEliminarCara Anabela,
ResponderEliminarUma ligação afectiva positiva e forte entre si e o seu filho não irá desmoronar-se por completo de um momento para o outro. É ao longo do tempo que as relações podem sofrer algumas modificações.
Por vezes, devido a cricunstâncias externas que podemos ter dificuldade em gerir,necessitamos de um apoio psicológico que nos ajude a adaptar a uma nova realidade e a encará-la de outra forma, ou até mesmo a encontrar soluções diferentes que não estamos a conseguir vizualizar. Parece estar a passar por um grande stresse ao cuidar de duas pessoas doentes, pelo que naturalmente isso se vai reflectir na sua relação com os outros.
Quando estiver bem consigo mesma, a relação com o seu filho também melhorará.
Quanto às birras do seu filho, é provável que ele também sinta uma maior ansiedade com o que se está a passar, manifestando-a através de uma necessidade de chamar à atenção. Mais uma vez, com a intervenção adequada a Aanbela poderá retomar a normalidade no seu dia a dia. Cumprimentos
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